As redes sociais na Internet deixaram de ser apenas um espaço para encontrar amigos perdidos no tempo. Hoje são utilizadas para inúmeros fins, como, por exemplo, lançar petições para encontrar dadores de medula óssea ou donativos para um orfanato no Uganda. Comprar ou vender produtos, trocar contactos e experiências de trabalho, apresentar estratégias e oportunidades de negócio ou até lançar petições para ajudar doentes com leucemia, em Portugal, ou órfãos no longínquo Uganda. Estes são apenas alguns exemplos da variedade de fins que os portugueses dão actualmente às redes sociais na Web.
As redes sociais na Internet podem ser agrupadas em função do seu carácter pessoal ou profissional mas a verdade é que muitos espaços de índole privada estão acessíveis às empresas, podendo influenciar a avaliação feita pelos empregadores.
Patrícia Garcia, directora de Recursos Humanos da empresa de retalho especializado Agriloja, acredita que, se encontrasse na Internet informação sobre um candidato que não fizesse parte do currículo apresentado por este ou não tivesse sido referida na entrevista de emprego, a teria em conta no processo de selecção. No entanto, essa informação "teria um efeito ponderador, não eliminatório", esclareceu Patrícia Garcia, que faz parte da rede hi5, afirmando-se surpreendida com o "exibicionismo" que encontra em alguns perfis.
Com trabalho desenvolvido na área do recrutamento, também Carla Morgado admitiu que informações encontradas na Internet podem "influenciar" um processo de selecção. Adianta que essas informações não terão mais peso do que a entrevista ou a experiência profissional do candidato e dificilmente serão motivo de exclusão mas constituem mais um elemento a ter em conta para avaliar se uma pessoa é adequada à função a que se candidata.
Por vezes, as pessoas utilizam as redes sociais sem intuitos profissionais e depois, à medida que a sua vida se altera, começam a trocar uma rede por outra, mudando para aquela que se lhe adequa mais nesse momento. No entanto, a fotografia que deixam sobre si vai lá ficando.
João Cordeiro dos Santos, formado em Direito e a trabalhar no Luxemburgo há cerca de um ano na sequência da participação numa feira virtual promovida pela plataforma Second Life, assinalou que, nas redes sociais da Internet, a privacidade deve ser protegida seja a que título for. Uma pessoa minimamente inteligente e com critérios de bom senso não coloca informação de carácter comprometedor no hi5 ou no Facebook, porque os caça-talentos e as entidades patronais também visitam estas redes.
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