sexta-feira, 5 de junho de 2009

Morreu o “Gafanhoto”


O actor David Carradine, estrela da série televisiva dos anos 70 «Kung Fu», foi encontrado morto em Banguecoque, informou um porta-voz da embaixada norte-americana.

A morte do actor, 72 anos, foi confirmada pelo porta-voz da embaixada norte-americana que acrescentou que David Carradine terá morrido na quarta-feira à noite ou na madrugada de ontem. O sítio da Internet do jornal tailandês “The Nation” cita fontes não identificadas da polícia e noticia que o actor foi encontrado enforcado no seu luxuoso quarto de hotel. Por isso, a hipótese de suicídio não está fora de questão. Mas segundo a agência de notícias espanhola EFE, citando a ABC, o actor terá morrido de causas naturais.


David Carradine fazia parte de uma família famosa de actores de Hollywood que incluía o seu pai, o actor John Carradine, e o irmão Keith Carradine... tinha ainda um meio-irmão, Robert carradine.

David Carradine integrou o elenco de mais de 100 filmes realizados por nomes como Martin Scorsese, Ingmar Bergman e Hal Ashby. Foi, no entanto, a sua personagem de Kwai Chang Caine, um monge shaolin que atravessava a fronteira oeste dos Estados Unidos em 1800, na série televisiva "Kung Fu" que o tornou famoso entre 1972 e 1975. Ele retomou esta personagem em meados dos anos 80 num filme de TV e nos anos 90 na série "Kung Fu: a lenda continua".

David Carradine voltou ao top mais recentemente quando interpretou Bill, no filme "Kill Bill" de Quentin Tarantino.

Autor de “Uma Agulha no Palheiro” em contenda


O nonagenário e recluso autor do clássico da literatura americana do século XX processou o autor e os editores de “60 Years Later: Coming Through the Rye”, marcado para sair no Verão.

O escritor americano JD Salinger, autor do clássico “Uma Agulha no Palheiro” (de 1951 e foi reeditado recentemente como “À Espera no Centeio”), processou o autor e os editores de um livro que se apresenta como uma continuação não autorizada da sua obra.

Salinger que não publica nada desde 1965 e vive em reclusão no New Hampshire, recusando-se a ser entrevistado ou fotografado, disse, através dos advogados que o representam, que os direitos de “Uma Agulha no Palheiro”, e do herói deste, o jovem Holden Caulfield, lhe pertencem em exclusivo.

O processo posto contra o autor da alegada continuação, cujo nome literário é John David California e que vive na Suécia, diz que Salinger, que nunca autorizou que o seu livro fosse adaptado ao cinema, ao palco ou à televisão, "optou decididamente por exercer tal direito", pois "protege ferozmente a sua propriedade intelectual".

Há que dizer que Billy Wilder, Jerry Lewis, Jack Nicholson, Leonardo DiCaprio e até Steven Spielberg são alguns dos nomes que já tentaram, sem sucesso, comprar a JD Salinger os direitos para cinema de “Uma Agulha no Palheiro”. Elia Kazan tentou fazer o mesmo para teatro, também sem sucesso. Em 2003, Salinger impediu a BBC de fazer uma adaptação do livro para televisão.

Assim sendo, em “60 Years Later: Coming Through the Rye”, que tem data de publicação agendada na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos para o Verão, uma personagem muito semelhante à de Holden Caulfield, identificada como “Mr. C” e com 76 anos de idade, foge de uma casa de repouso. O próprio JD Salinger, ao qual o livro é dedicado, surge no enredo a reflectir sobre se deve ou não continuar a história de Caulfield.

O processo judicial interposto pelo escritor refere ainda que esta continuação "não é uma paródia e não comenta o original nem reflecte sobre ele. É um puro e simples aproveitamento deste".

Falando à Associated Press, John David California disse que achava que o processo era "um bocadinho disparatado", acrescentando, e passo a citar: "Para mim, esta é a história de um velho. É uma história de amor, uma história sobre um escritor e a sua personagem." - e referindo-se a JD Salinger, que pede também uma indemnização por perdas e danos, explica que não lhe quis causar problemas de qualquer tipo.

Além de California, a acção judicial posta pelos advogados de Salinger abrange a editora inglesa Windupbird, a sueca Nicotex e a americana SCB-Distributors.

“Uma Agulha no Palheiro” é uma história de alienação adolescente e transformou-se num título de culto e num dos mais influentes livros americanos modernos, nunca tendo parado de se vender em grandes quantidades. Há ainda quem diga que a obra se encontra incluída numa lista do FBI ou da CIA ( ou de ambas) de “livros subversivos”.

O AudioBoo está aí


O AudioBoo é uma aplicação que cruza o sistema de busca de ficheiros do YouTube com a possibilidade de alguém ser seguido e ter seguidores, como acontece no Twitter. A novidade é que faz isto com som ambiente e pedaços de discurso falado. Sons de manifestações contra a cimeira do G20, alguém a lavar a roupa em Pequim, um automobilista a praguejar no trânsito, ou o choro de um recém-nascido... tudo isto é material de primeira para o AudioBoo.

Menos de três meses depois do lançamento, o AudioBoo começa a afirmar-se cada vez mais como o site a consultar quando se quer encontrar sons de determinado local ou acontecimento.

O sucesso emergente desta aplicação já fez com que os media britânicos tradicionais decidissem começar a usá-la durante a cobertura de festivais de Verão e eventos desportivos. Paralelamente, a Biblioteca Nacional Britânica quer usar o AudioBoo para gravar dialectos, histórias orais, sotaques e sons ambiente de determinadas zonas e bairros do Reino Unido.

O site do AudioBoo, parcialmente fundado pelo Channel 4 britânico, foi lançado em Março, tendo sido igualmente apresentado em formato de aplicação para o iPhone, apesar de agora poder ser usado noutros telemóveis, permitindo aos utilizadores criarem “boos” (que são gravações digitais) até cinco minutos. Basta carregar num botão para que os clips de som fiquem disponíveis para a comunidade de utilizadores, como se tratassem de um mini-podcast.


O AudioBoo permite que os internautas comentem os ficheiros, que os partilhem, e que possam seguir outros utilizadores.

Apesar de alguns considerarem que o AudioBoo pode ser o próximo passo nas redes sociais, alguns temem que seja apenas uma versão falada e banal das actualizações do Twitter... ou pior, tendo em atenção o elevado número de ficheiros de som gravados na casa de banho.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Novo Museu Magritte em Bruxelas


O Museu Magritte abriu as portas ao público em Bruxelas, esta semana, para apresentar pela primeira vez a maior colecção do mais importante artista belga, referência mundial do movimento surrealista do século 20.

Pintor, desenhador, escultor, fotógrafo e cineasta, René Magritte, nascido em 1898 em Lessines (na Bélgica) e falecido em 1967 em Bruxelas, tem a partir de agora um espaço que lhe é dedicado em exclusividade na cidade onde viveu a maior parte da sua vida.

O novo museu ocupa um edifício antigo de uma zona central de Bruxelas e tem cerca de 250 obras numa área de 2 mil e 500 metros quadrados. Os organizadores da exposição estimam em 650 mil o número de visitantes anuais do novo espaço cultural.

Quem olhar o edifício de fora vê em cinco janelas a presença de um magnífico céu azul com nuvens a deslocar-se, uma referência a vários quadros de Magritte, um artista que levou até ao extremo a cultura do paradoxo. René Magritte foi um mestre surrealista, um movimento artístico e literário que apareceu nos anos 20 do século passado em Paris e foi inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo.

O movimento surrealista foi fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud, colocando o acento tónico no papel do inconsciente na actividade criativa. Os seus representantes mais conhecidos, para além de René Magritte, são Max Ernst e Salvador Dalí no campo das artes plásticas, André Breton na literatura e Luis Buñuel no cinema.

Dias das Histórias (Im)Prováveis no Maria Matos


O Teatro Maria Matos apresenta a partir de hoje "Dias das Histórias (Im)Prováveis", um programa de teatro, música, oficinas e instalações que decorre dentro e fora do teatro, no âmbito das Festas de Lisboa.

Este evento, o primeiro da responsabilidade de Mark Deputter, o novo director artístico do Maria Matos, inicia-se com "Romeo and Juliet", um espectáculo do “Nature Theater of Oklahoma”, legendado em português, que está em cena entre hoje e sábado na sala principal do teatro municipal, a partir das nove da noite. Um espectáculo que é baseado em conversas telefónicas, onde foi pedido às pessoas que contassem a história de “Romeu e Julieta” pelas suas próprias palavras. O resultado foi surpreendente, com reviravoltas inesperadas, devido ao facto de ninguém se lembrar com exactidão da verdadeira história.

De amanhã a domingo, é a vez de "Purgatório", um texto de Joris Lacoste adaptado e encenado por Martim Pedroso, subir ao palco do Auditório Santa Joana Princesa, junto ao Teatro Maria Matos.

A música chega também amanhã e sábado pela mão de Emídio Buchinho, Carlos Santos e João Silva, que propõem, no MMCafé, "Departure", uma instalação/performance baseada no sentido poético da ideia de partida e de deslocação espacial e emocional a partir de um local específico, a estação de comboios da Avenida de Roma.

No domingo, Scanner (Robin Rimbaud), um experimentalista do som, espaço e imagem que utiliza a tecnologia de formas inesperadas e já colaborou com Radiohead, Brian Ferry, Laurie Anderson e Michael Nyman, apresenta, na sala principal do Maria Matos, "52 Spaces".
No âmbito do projecto educativo, o teatro municipal propõe "AoArLivre", um programa de acesso gratuito que decorre entre sábado e dia 20 de Junho no Jardim das Estacas, no qual se incluem oficinas, espectáculos e outras actividades para crianças e adultos.

A encerrar os "Dias das Histórias (Im)Prováveis", a 21 de Junho, Jaap Blonk veste a pele de uma das suas muitas personagens, Dr. Voxoid, e sobe ao palco da sala principal do Maria Matos, com "Dr. Voxoid's Next Move", um espectáculo que recorre a poesia sonora, canções com línguas inventadas, animação vídeo em tempo real e discursos sobre temas bizarros, entre outros processos.

Festival Silêncio!


Um festival internacional dedicado às novas tendências artísticas e novas expressões urbanas que cruzam a música com a palavra - é desta forma que a organização do “Festival Silêncio!” promove o evento, que decorre entre os dias 18 e 27 de Junho, em Lisboa.

O festival vai ter espaço para actividades diversificadas, incluindo concertos, um “poetry slam” (uma espécie de concurso de poesia à desgarrada, concentrado em doses de três minutos), conferências, debates sobre audiolivros, leituras encenadas e espectáculos de “spoken word” (declamações).

Rodrigo Leão, José Luís Peixoto, Olivier Rolin, Adolfo Luxúria Canibal, Rogério Samora, JP Simões, Francisco José Viegas, Sam the Kid, Jorge Silva Melo, DJ Ride, Filipe Vargas, John Banzai, Mark-Uwe Kling, Maria João Seixas, Alex Beaupain e Wordsong são alguns dos nomes que vão desfilar pelos palcos do festival, para que Lisboa dê lugar à palavra, aceitando o silêncio quando ele se impõe.

Os responsáveis indicam ainda que debater o futuro de novos suportes como o audiolivro convocando escritores, jornalistas e editores, assim como dar a conhecer as mais recentes tendências artísticas nesta área é o objectivo do "Festival Silêncio!".

Uma das actividades que está a gerar mais curiosidade e interesse é o “poetry slam” que tem alcançado enorme sucesso nos bares de Berlim, Nova Iorque, Paris ou Londres. O conceito é simples: basta escolher um tema, tratá-lo de forma crítica e espirituosa, adicionar algumas rimas e declamá-lo de forma dramática no espaço de três minutos no palco de um clube, neste caso, o MusicBox.

Este concurso vai contar com oito participantes e um júri composto por seis convidados. Confirmados estão Fernando Alvim, Rui Zink, José Luís Peixoto e Ana Padrão. O músico, compositor e escritor JP Simões é o anfitrião da noite.

Resta dizer que o festival é organizado pela 1001 Noites, MusicBox, Goethe-Institut Portugal e Instituto Franco-Português.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

“Thor” em Andamento


Chris Hemsworth, que veste a pele de pai de Capitão Kirk, em «Star Trek», foi o escolhido para interpretar «Thor» na adaptação da história para o grande ecrã, de acordo com o “Deadline Hollywood Daily”.

O presidente da Marvel Entretainment, citado pelo Empire Online, disse que o objectivo agora é escolher a protagonista feminina, Loki e Odin, o mais rápido possível e estar com tudo certo para começar a produção do filme.

A aventura será realizada por Louis Leterrier, de «O Incrível Hulk», e Jon Favreau, o realizador de «Homem de Ferro», será o produtor executivo.

«Thor», cuja data de estreia foi recentemente alterada para o dia 20 de Maio de 2011, vai fazer parte das longas-metragens que a Marvel pretende lançar antes de produzir «The Avengers», que vai juntar os principais heróis de banda desenhada no grande ecrã.

Procura-se Mulher Maravilha


Jessica Biel afirmou que não se importaria de interpretar a Mulher-Maravilha no grande ecrã se a aventura tiver “o guião certo, poderoso, emocionante e interessante”, de acordo com a MTV News.

Apesar de o projecto estar parado, já há muitas mulheres interessadas no papel, como Beyoncé, que protagoniza o recente «Obsessão», a brasileira Gisele Bündchen, a polémica Lindsay Lohan ou Angelina Jolie, estrela de «Tomb Raider» e «O Procurado».

Recentemente, Megan Fox negou os rumores que davam conta que ela encarnaria a Mulher Maravilha no grande ecrã, argumentando que nunca interpretaria “uma personagem tão tonta”.
A Warner Bros. está a planear contratar McG para realizador de «Mulher-Maravilha», mas ainda nada foi confirmado.

Novo Documentário de Michael Moore


A Overture Films e a Paramount Vantage divulgaram a data de lançamento do novo documentário de Michael Moore, ainda sem título: 2 de Outubro de 2009.

O filme vai tentar provar que foi a política financeira (particularmente a dos EUA) a grande responsável por esta grave crise económica. A situação é descrita pelo documentarista como o «maior roubo da história norte-americana».

Cinebiografia de Frank Sinatra à Procura de Actor


Johnny Depp pode ser o escolhido para interpretar Frank Sinatra no grande ecrã, de acordo com o blog Hollywood Daily. Os estúdios da Universal terão pensado no actor depois de verem a sua actuação em «Inimigos Públicos», que chega a Portugal a 6 de Agosto.

Depois de ser anunciado que Martin Scorsese realizaria a cinebiografia de Frank Sinatra, começou a especular-se sobre quem seria o protagonista...

Outro candidato para o papel pode ser Leonardo DiCaprio, uma vez que, depois de «Gangs de Nova Iorque» e «O Aviador», é um actor muito próximo do cineasta e não é obrigatório que o protagonista saiba cantar. Apesar de disso, Di Caprio terá contratado um professor de canto, para que o facto de não saber cantar não possa ser uma razão para não ganhar o papel.


O projecto vai ser a primeira longa-metragem sobre Sinatra, cuja vida pessoal foi repleta de escândalos, relações de amizade suspeitas e até ligações mal explicadas com a máfia.

Guerra Civil Espanhola Vai Ser Tema de Filme de Almodóvar


O realizador Pedro Almodóvar anunciou que um dos seus próximos projectos vai ser um filme sobre a Guerra Civil espanhola. Almodóvar afirmou em Cannes que já tem vários projectos depois do seu último trabalho, «Los Abrazos Rotos», e um deles será um filme peculiar sobre a Guerra Civil no seu país.

Almodóvar disse ainda que vai inspirar-se na história de pessoas como o poeta espanhol Marcos Ana, que nasceu em 1920 e foi detido na adolescência durante a Guerra Civil.

A Guerra Civil não é a única frente do cineasta. Mais uma vez, Almodóvar mostra-se indeciso sobre qual será o seu próximo filme. Na carteira tem também uma comédia que já está praticamente pronta.

I Mostra de Cultura Espanhola


A «I Mostra de Cultura Espanhola» em Portugal decorre de hoje a 6 de Junho, em locais como o Palácio da Ajuda, a Aula Magna da Universidade de Lisboa, o Centro Cultural de Belém e nos cinemas São Jorge, entre outros.


O objectivo da iniciativa é dar a conhecer o trabalho de criadores e intelectuais espanhóis, através de uma proposta que engloba actividades ligadas à dança, ao cinema, à literatura e à fotografia, entre outras.

A «I Mostra de Cultura Espanhola» traz a Portugal oito filmes espanhóis, entre eles «Camino», vencedor dos prémios Goya. O filme conta a história de uma criança de 11 anos que se depara com duas realidades distintas: a paixão e a morte.

Pelas 19h00 de hoje, tem lugar a mesa-redonda «Mostra Portuguesa. Um lugar de encontro com a cultura portuguesa». É no Instituto de Cervantes de Lisboa. À mesma hora, arranca o ciclo de cinema «um menu de cinema… espanhol», no São Jorge.


O dia de amanhã fica marcado pela inauguração da exposição «La Mirada en el Outro», 19h00, no Palácio da Ajuda; o ciclo de cinema «Prémios Goya», às 18h30, no São Jorge; e a inauguração do Festival de cinema Espanhol, às 21h00, no mesmo sítio.

A 3 de Junho decorre o III Encontro Luso-Espanhol de Cinematografia, no Hotel Real Palácio; o colóquio de Indústrias Culturais «Crise, Economia e Cultura», às 11h00, no CCB; um recital poético às 18h00, na Biblioteca Nacional; e o ciclo de cinema «O cinema espanhol encurta distâncias», às 21h30.

Dia 4, chega o ciclo de cinema «Cinema Espanhol: Fantástico!», às 19:00 horas, no São Jorge; o espectáculo da Companhia Javier Barón, às 21:30, na Universidade de Lisboa; Ballet Nacional de Espanha, às 21:30, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra.

O Encontro da Jovem Poesia Espanhola e Portuguesa está marcado para dia 5 de Junho, às 18h00 horas, na Biblioteca Nacional. No mesmo dia, às 21h30, no Centro Cultural Olga Cadaval, chega novamente o Ballet Nacional de Espanha, repetindo no dia seguinte, no mesmo sítio e no mesmo horário.