sexta-feira, 29 de maio de 2009

Mercado Mundo Mix no Castelo de São Jorge


Mais de 100 expositores, uma banca de abraços, uma exposição de bio-arte e sessões da "artjamming" integram o cartaz da 21ª edição do "Mercado Mundo Mix", que decorre de hoje a domingo no Castelo de São Jorge.

Criado em 1994 no Brasil e estreado em Portugal em 2003, o evento multicultural da empresa Comisc Chilli já recebeu mais de dois milhões de visitantes, em locais como Lisboa, Porto, Coimbra, Cascais ou Lagos.

O objectivo divulgar novos talentos nas áreas da moda, música, artes gráficas e multimédia, apoiando o lançamento de novos produtos, marcas, comportamentos e nomes, como os dos estilistas Ricardo Preto e Storytailors.

A edição deste fim-de-semana, que decorre das 12h00 às 22h00, conta com mais de 100 expositores de lojas de roupa, acessórios, artesanato ou plantas, entre outras, uma "oficina de sonhos" para os mais novos, um espaço de divulgação do Instituto Português da Juventude e um desfile de novos criadores de moda do Brasil: Karim Feller, Gustavo Silvestre, Ianine Soraluze, João Pimenta e Milena Hamaní.

Segundo o programa divulgado pela organização, vai haver também animação numa área "lounge", sessões DJ de vários géneros musicais, o lançamento de um concurso de fotografia Lomo, uma banca de abraços e "narizes de palhaços" em troca de um contributo para os "doutores palhaço" da Associação Nariz Vermelho e sessões de "artjamming", em que o público explora o lado lúdico da pintura e leva a sua obra para casa.

O Castelo é ainda palco de exposições de múltiplas linguagens artísticas, do desenho ao "vídeo art", incluindo uma mosta de bio-arte resultante de uma parceria entre artistas, o Instituto Gulbenkian da Ciência e a Associação Viver a Ciência.

Hotel Eco-Eficiente no Estoril


A freguesia de Alcabideche, perto do Estoril, vai receber em 2011 o primeiro hotel cujo conceito assenta na eco-eficiência, num investimento global estimado em 40 milhões de euros.

O projecto é da responsabilidade da empresa J. Vasconcelos Marques Arquitectos que teve como principal objectivo criar um conceito diferente do habitual e ao mesmo tempo ecológico. "Com este projecto queremos marcar a diferença e, ao mesmo tempo, ter uma atitude pedagógica", disse à agência Lusa o responsável da empresa, João Vasconcelos Marques.

Trata-se de um projecto pioneiro em Portugal, em termos de reciclagem dos circuitos de água e de energia, utilizando métodos ecológicos de construção com materiais reciclados. João Marques explicou que o projecto tem como objectivo criar no concelho de Cascais, um "edifício que fez tudo por tudo para que não houvesse desperdícios".

O "Hotel Mundial Estoril Resort & Spa" vai situar-se em frente à Quinta Patino, em Alcabideche, com uma capacidade de acolhimento para 500 pessoas, que podem ficar instaladas em 250 quartos.

João Marques mostrou-se satisfeito com o facto de a Câmara Municipal de Cascais ter emitido a licença para construção sem condicionantes, adiantando que a abertura ao público está agendada para 2011.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Serralves: Manoel de Oliveira, Matosinhos e Em Festa


O presidente da Fundação de Serralves, António Gomes de Pinho, disse à agência Lusa, no Porto, que a instituição está empenhada na negociação destinada a pôr a Casa do Cinema Manoel de Oliveira ao serviço da cultura.

António Gomes de Pinho disse que «as negociações continuam, mas o projecto pressupõe a convergência entre várias entidades, em primeiro lugar o realizador e a sua família, a Câmara do Porto, proprietária do espaço, e o Ministério da Cultura, que está muito empenhado em viabilizar o projecto.

O responsável reafirmou que a Fundação vai fazer de tudo para que a Casa do Cinema Manoel de Oliveira possa ser restituída à comunidade.

Entretanto, João Fernandes, director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves avançou que a próxima fase de crescimento da instituição é o pólo multifuncional Serralves 21, a construir em Matosinhos nos próximos três anos, com um custo estimado de 25 milhões de euros.

João Fernandes explicou que o projecto Serralves 21 nasceu da necessidade premente e imperiosa de criar espaço para o crescimento da colecção, porque o espaço que existe já não chega para a colecção, e a Fundação já está mesmo a alugar outros espaços para acolhê-la.

As reservas (a zonas de armazenamento) de Serralves estão preparadas para acolher obras de arte, mas são insuficientes para a actual colecção, com mais de 1500 obras a que se somam trabalhos em papel, fotografias e filmes, que exigem condições específicas de armazenamento.
Este ano, o Serralves em Festa (vão ser 40 horas non-stop de actividades) comemora também os 20 anos da Fundação e os dez anos do Museu de Arte Contemporânea e acontece este fim-de-semana.

O duplo aniversário é assinalado com a primeira grande exposição daquilo que Serralves tem vindo a coleccionar durante estes dez anos e define-se como o ponto alto da 6ª edição da festa. Segundo o João Fernandes, director do museu, o acervo vai ocupar a área expositiva completa do museu a partir de 29 de Maio, sexta-feira.

O festival instala-se no fim-de-semana de 30 e 31 (sábado e domingo) enchendo todos os cantos de Serralves com mais de 80 actividades, cerca de 400 artistas e 200 momentos de apresentação. A realização, no sábado, de um grande baile popular é outra das novidades.

Um dos destaques desta edição é a estreia em Portugal do Circo da Tunísia, com um espectáculo que evoca a identidade de uma população migrante através de um jogo de acrobacias cantadas.

Na música, o Serralves em Festa terá como cabeça de cartaz os já anunciados A Certain Ratio.

Na área das artes performativas, o Serralves aposta em trazer três coreografias da Companhia Instável e a nova criação de Joana Providência, “Bichos”, uma interpretação das narrativas de Miguel Torga em formato de teatro de rua. No cinema, vão ser privilegiadas as experiências dos novos criadores do Porto.

Ciclo «Soundtracks» arranca hoje no MusicBox


O ciclo «Soundtracks» começa esta quinta-feira no MusicBox, em Lisboa, no âmbito das Festas de Lisboa. O objectivo é reflectir sobre a importância das músicas e dos sons nas obras e nos processos criativos.

«Como um género musical caracteriza uma determinada estética numa determinada época» é o mote do primeiro dia. Reflectem os Cais do Sodré Funk Connection com uma selecção de temas funk dos anos 60 e 70, tão presentes em obras de Russ Meyes e filmes como Shaft. O filme-concerto, que é projectado às 23:00 horas, é ilustrado com um trabalho de imagem da equipa Droid ID.

No segundo dia (sexta-feira), está na mesa «A Importância da banda sonora na leitura e no ritmo de um filme», contando com Nuno Rebelo, Tó Trips, Alexandre Soares e Flak. É criada uma banda sonora original para o filme «The Man With the Movie Camera», de Dzige Vertov.


No terceiro dia, sábado, está em destaque «O realizador caracterizado pelo seu universo musical», em que o grupo Tacones Lejanos, formado de propósito para o evento, revisita o universo musical do realizador espanhol Pedro Almodôvar.

125 Anos do Jardim Zoológico de Lisboa


O Jardim Zoológico de Lisboa comemora, hoje, o seu 125º aniversário, mas as celebrações já começaram e prolongam-se por Junho. O mais antigo zoo da Península Ibérica continua a ser uma ilha de vida selvagem no coração de Lisboa e não pensa em mudar-se.

Este cenário já foi colocado no passado, nomeadamente quando se falou em construir um parque de diversões que viria a substituir a "defunta" Feira Popular, mas agora a administração garante que este é um espaço com muitas memórias, não estando prevista uma mudança de local, e destaca que uma das grandes mais-valias do Jardim Zoológico de Lisboa é, precisamente, a sua localização central. Fernando Salema Garção, administrador do zoo, salienta a acessibilidade, pela rede de transportes disponíveis.

Em resposta a perguntas enviadas por e-mail, o administrador do zoo de Lisboa lembra que a missão dos jardins zoológicos foi sofrendo reais alterações ao longo do tempo: hoje, eles não são apenas locais onde se pode ver animais exóticos; assumem um papel activo e fundamental na protecção e reprodução das espécies, funcionando como instituições vivas e em movimento. E é nesse sentido que tem evoluído a acção do parque.

O Jardim Zoológico de Lisboa tem apresentado resultados muito interessantes no capítulo da reprodução em cativeiro de espécies ameaçadas. O clima "universal" de Lisboa, mas também a qualidade das instalações e do pessoal, que potenciam o bem-estar dos animais, explicam estes sucessos. Entre os mais significativos contam-se o nascimento de uma girafa-de-angola (existem apenas cerca de 20 exemplares em cativeiro) em 2007, a primeira inseminação artificial bem sucedida na Europa de um tigre-da-sibéria (1997) ou o nascimento recente de crias de leopardo-da-pérsia, gibão-de-mãos-brancas, lémure-de-cauda-anelada, chimpanzé ou suricata.

A cooperação e intercâmbio com outros parques permite ir aumentando as espécies exibidas, mas também participar em programas fora de portas. O zoo de Lisboa está presente em várias acções, destacando-se a exploração de 1500 hectares de floresta em Madagáscar, com o intuito de reabilitar a fauna local, construir um eco-resort e envolver as populações locais no processo. Incluído em 66 programas europeus para espécies em perigo, o parque português coordena o do saguim-imperador.

De vez em quando, em vez de importar, o zoo exporta animais. E já o fez reintroduzindo no seu habitat natural animais criados em cativeiro. O caso mais emblemático foi o de um rinoceronte-preto fêmea, a Shibula, que foi reintroduzido em 1990 na África do Sul. Hoje, está no seu habitat natural e já teve diversas crias.

Dentro de portas, o esforço maior vai no sentido de dotar o parque de instalações cada vez mais "simpáticas" para os residentes, também uma forma de enriquecer a experiência proporcionada aos visitantes. Estes, sempre com as crianças na primeira linha (destinatárias da mensagem da importância da conservação da natureza), dispõem de um leque de atracções diversificado e de fácil acesso.


Passados 125 anos sobre a criação do parque idealizado e estruturado pelo holandês Van der Laan e pelos portugueses Bento de Sousa, Sousa Martins e May Figueira, o zoo continua a modernizar-se, mesmo se isso implica que haja sempre uma qualquer zona do parque transformada em estaleiro de obras.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Museu Hergé


Os amantes de banda desenhada têm a partir da próxima semana mais uma razão para visitar a Bélgica, com a inauguração de um museu dedicado à vida e obra de um dos seus maiores artistas, Hergé, o «pai» de Tintim.


Concebido pelo arquitecto francês Christian de Portzamparc, que se inspirou para o efeito na obra do desenhador belga, o museu, situado em Louvain-la-Neuve, nos arredores de Bruxelas, abre as portas ao público a 2 de Junho, dois anos após o lançamento da primeira pedra, a 22 de Maio de 2007, data do centenário do nascimento de Georges Remi, aliás, «Hergé».


O objectivo do museu é permitir aos visitantes penetrar no mundo de Hergé, descobrir a sua vida, o que amava, as suas viagens, os animais de que gostava, a sua paixão por carros e, sobretudo, o homem multifacetado que era Georges Remi, autor de muitos trabalhos artísticos além das famosas aventuras de Tintim.


Idealizado por Fanny Rodwell, segunda mulher de Hergé (que dirige actualmente, com o marido Nick Rodwell, o impressionante património do "mundo" Hergé), o museu inclui objectos pessoais de Georges Remi, fotografias familiares e, sobretudo, pranchas e desenhos originais, nada menos que 800, cerca de 80% dos originais do desenhador.


Devido à fragilidade dos documentos expostos (o papel e a tinta são particularmente sensíveis à exposição à luz), vai haver uma rotatividade das peças expostas, todos os quatro meses.

Quem quiser ver o interior do edifício de três pisos, com uma área de 3.600 m2, que abriga oito salas de exposições permanentes e uma sala de exposições temporárias, terá assim de se deslocar mesmo à cidade universitária de Louvain-la-Neuve, que a partir de Junho deve passar a atrair muitos mais visitantes.


Laurent de Froberville, director do Museu, diz que as estimativas apontam para 200.000 visitantes por ano, mas não fica surpreendido se "a reputação de Hergé" atrair um número ainda superior. O responsável admite que a mais conhecida criação de Hergé, Tintim, está presente porque é a maior obra de Hergé, mas os visitantes vão ter ainda oportunidade de encontrar outras personagens, menos conhecidas mas que também são muito interessantes, assim como conhecer os diferentes trabalhos de Georges Remi, designadamente enquanto publicitário.

Twitter no Cinema


O Twitter, o serviço de micro-blogging que se tornou num fenómeno nos últimos meses, vai ter direito a uma série de televisão nos Estados Unidos.

Ainda são conhecidos poucos detalhes, mas sabe-se que andará à volta de pessoas vulgares que perseguem famosos e relatam todos os seus passos via Twitter.

O conceito foi criado pela novelista Amy Ephron, irmã de Nora Ephron, realizadora de "Sintonia do Amor", e será produzido em conjunto pela Reveille (que adaptou os conceitos de “The Office” e “Ugly Betty” para a TV americana) e pela Brillstein Entertainment Partners.

Jon Liebman, um dos produtores da Brillstein envolvidos no projecto disse ter sido encontrada uma forma interessante de trazer o imediatismo do Twitter para a televisão.

Telhados Brancos Reduziriam Aquecimento Global


Telhados brancos e estradas de cores frias, reflectindo mais a luz do Sol e o calor, teriam um grande impacto na luta contra o aquecimento climático, declarou o secretário americano da Energia, Steven Chu.


A construção de casas com telhados brancos e planos e de estradas de cor pálida são projectos de geo-engenharia "completamente benignos" e que teriam um efeito equivalente a parar o tráfego automóvel no mundo durante 11 anos, afirmou o responsável americano num simpósio em Londres. De acordo com Chu, um dos laureados com o Prémio Nobel da Física em 1997, estas medidas tornariam as casas mais frescas e, como tal, com menor consumo energético de ar condicionado.


Steven Chu falava na abertura de um simpósio que decorre no Palácio Saint-James, no centro de Londres, com a presença de 60 cientistas e 20 prémios Nobel, reunidos para debater soluções científicas para as alterações climáticas. Segundo Steven Chu, não existe uma solução tecnológica única para combater o aquecimento climático mas todos devemos tentar fazê-lo tanto quanto possível. Chu assinalou também que os Estados Unidos devem passar das palavras aos actos, pois, se o fizerem, países como a China, o maior emissor mundial de CO2, podem seguir-lhe o exemplo.


O encontro de três dias pretende estudar medidas antes da Conferência de Copenhaga, promovida pela ONU e que tem lugar em Dezembro, com vista à revisão do Protocolo de Quioto.

UNESCO Aprova Candidatura do Parque Luso-Galaico Gerês


A UNESCO aprovou as candidaturas a reserva mundial da bioesfera do Parque Internacional Luso-Galaico Gerês/Xurés e da ilha das Flores, nos Açores.

O Parque Transfronteiriço Internacional de Gerês/Xurés foi criado em 1997 entre o Parque Nacional da Peneda-Gerês e do Xurês/Baixo Límia, na Galiza, em Espanha, para fomentar o estabelecimento de normas e medidas similares ou complementares para a defesa, preservação e conservação dos valores naturais de ambos os parques.

A candidatura foi entregue em Abril de 2008, na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, em Paris, pelos Governos de Portugal e de Espanha. O anúncio da candidatura foi feito em Fevereiro de 2008 durante a Cimeira Ibérica de Braga, ocasião em que o ministro do Ambiente, Nunes Correia, revelou que o tema estava na agenda da Cimeira Ibérica, adiantando que o trabalho preparatório estava a ser feito por uma comissão mista criada, em 2007, em Terras de Bouro.

A comissão englobou técnicos do Governo da Xunta da Galiza, representantes dos municípios da zona, dos dois parques naturais e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte. O projecto baseia-se no património biogenético e na recriação de trilhos antigos, nomeadamente os da Geira, a antiga estrada romana que ligava Braga e Astorga.

O Parque Internacional Gerês/Xurês actua especialmente nas zonas definidas pelos Planos de Ordenamento como sendo de «Ambiente Natural» e «Reserva» ou «Protecção Especial», na linha da fronteira.

Promove projectos e acções conjuntas de cooperação e intercâmbio de técnicos, populações rurais e escolares dos dois territórios, assim como o uso público e o turismo ecológico com oferta comum das infra-estruturas existentes em ambos os parques, apresentando ao visitante uma visão global do espaço protegido. As duas estruturas fomentam, nas áreas declaradas como protegidas, políticas de desenvolvimento social, económico e cultural que desenvolvam e preservem os valores pratimoniais respectivos.

Para além da candidatura luso-espanhola à UNESCO, o município de Terras de Bouro, em parceria com municípios galegos, vai apresentar uma candidatura da antiga estrada romana, a Geira, a património europeu, logo que a União Europeia institua o galardão. Este projecto conta com a cooperação das universidades do Minho e de Santiago de Compostela, os municípios de Amares e Lugo (Galiza) e os Parques Nacional da Peneda-Gerês e do Xurês Baixo Límia.
A Geira, a via que ligava Braga (Bracara Augusta) a Astorga (Asturica Augusta), na Galiza, atravessava o concelho de Terras de Bouro em 30 quilómetros, depois de passagens por Braga, Póvoa de Lanhoso, Amares e Vieira do Minho.

Quanto à ilha das Flores, distinguida também pela UNESCO como reserva mundial da bioesfera, situa-se no Grupo Ocidental do arquipélago dos Açores, sendo considerada como o ponto mais ocidental da Europa (fora do Continente Europeu). A ilha das Flores é considerada uma das mais belas dos Açores, cobrindo-se no Verão de milhares de hortênsias de cor azul, que dividem os campos ao longo das estradas, nas margens das ribeiras e lagoas.

terça-feira, 26 de maio de 2009

O FITEI Está de Volta


A peça "Ariadna", da companhia espanhola Atalaya, abre hoje oficialmente, no Teatro Nacional de S. João, no Porto, o XXXII FITEI - Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, que se prolonga até 10 de Junho. Encenada por Ricardo Iniesta e escrita por Carlos Iniesta (recentemente falecido), este espectáculo, que resulta de uma co-produção com o Centro Andaluz de Teatro, recupera a mitologia grega, a partir da história de Ariadna, filha do rei de Creta. Este trabalho constituiu um dos grandes sucessos do teatro espanhol em 2008.


Com uma programação diversificada nos géneros e nas estéticas, o FITEI traz este ano ao Porto e a Matosinhos produções espanholas de grande qualidade. O regresso dos La Fura dels Baús e um espectáculo só para mulheres são algumas das novidades do FITEI que, este ano, apresenta parte da programação fora do Porto. Para além dos La Fura dels Baús, que apresentam o espectáculo “Boris Godunov”, quinta e sexta-feira, no Coliseu do Porto, também o encenador Rodolfo Molina está de volta, com o novo grupo de teatro El Theatron. “Que Clase de Sexo” é o nome do espectáculo que, a 7 de Junho, é apresentado por esta companhia venezuelana.


Os espectáculos que falam sobre as mulheres ou que têm as portas abertas apenas para elas também representam parte significativa do programa do FITEI. Mais radical é o “La Piel del Agua”, do Teatro em el Aire, um espectáculo exclusivo para o público feminino, que se realiza a 7, 8 e 9 de Junho.


Quanto às estreias absolutas no festival, as responsabilidades ficam a cargo de “Wake Up”, uma co-produção Nut Teatro com o Centro Dramático Galego e o FITEI, e “Traições”, de Harold Pinter, pelo Teatro do Bolhão.


O FITEI continua a apostar na diversidade de propostas e, por isso, a dança contemporânea tem direito a presença especial, com “Asas”, um espectáculo de dança aérea que a Companhia dos Pés, do Brasil, apresenta a 5 de Junho. O premiado espectáculo “Ven”, da Companhia Entremans, mostra-se no dia 10.


Neste último dia do FITEI, há outra novidade: todo ele é dedicado à animação de rua, em Matosinhos. O festival tem, ainda, uma programação paralela com várias conferências, exposições e música.

Partido Pirata Sueco no Parlamento Europeu


Numa altura em que as campanhas para as aleições europeias arrancaram, fiquem sabendo que o Partido Pirata sueco tem quase garantido assento no Parlamento Europeu, ao posicionar-se actualmente como a terceira força política da Suécia. Esta formação defende o fim das restrições no uso da Internet, o que inclui a livre partilha de ficheiros, mesmo que estes estejam sujeitos ao pagamento de direitos de autor.


Se as actuais sondagens se mantiverem, é muito provável que o Partido Pirata (que conta com oito por cento das intenções de voto) obtenha mais do que um assento no Parlamento Europeu. Em declarações ao diário “The Times”, o cabeça-de-lista dos “piratas” às europeias, Christian Engstrom, assegurou que o plano de “conquista” do partido vai por esta ordem: “a Suécia, a Europa, o Mundo”.


O Partido Pirata foi fundado em 2006 e engrossou recentemente as suas fileiras depois da sentença contra os criadores do site sueco de partilha de ficheiros “Pirate Bay”, que determinou o pagamento de uma multa de mais de 2,7 milhões de euros a gigantes mundiais como a Warner Bros, Sony Music, EMI e Columbia Pictures. Após a sentença dispararam as filiações partidárias, que se cifram actualmente em mais de 46 mil membros, sobretudo jovens, um factor que causa a inveja dos partidos mais “tradicionais”, incluindo o do primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt.


No ano de “estreia” eleitoral, 2006, o Partido Pirata obteve 0,63 por cento dos votos nas eleições legislativas da Suécia. Mas esta situação pode mudar, caso as sondagens se mantenham como estão. O programa eleitoral do partido centra-se quase exclusivamente nas comunicações electrónicas, prometendo igualmente lutar pela confidencialidade e liberdade na Internet.


“Os nossos políticos são analfabetos digitais”, declarou o líder da formação, Rick Falkvinge, que assegurou que “o sistema e os políticos declararam guerra a toda uma geração”. Para “não sermos intimidados para qualquer potência estrangeira, votar nas eleições para a UE é mais importante que nunca”, concluiu.

Redes Sociais São Mais... Muito Mais


As redes sociais na Internet deixaram de ser apenas um espaço para encontrar amigos perdidos no tempo. Hoje são utilizadas para inúmeros fins, como, por exemplo, lançar petições para encontrar dadores de medula óssea ou donativos para um orfanato no Uganda. Comprar ou vender produtos, trocar contactos e experiências de trabalho, apresentar estratégias e oportunidades de negócio ou até lançar petições para ajudar doentes com leucemia, em Portugal, ou órfãos no longínquo Uganda. Estes são apenas alguns exemplos da variedade de fins que os portugueses dão actualmente às redes sociais na Web.


As redes sociais na Internet podem ser agrupadas em função do seu carácter pessoal ou profissional mas a verdade é que muitos espaços de índole privada estão acessíveis às empresas, podendo influenciar a avaliação feita pelos empregadores.


Patrícia Garcia, directora de Recursos Humanos da empresa de retalho especializado Agriloja, acredita que, se encontrasse na Internet informação sobre um candidato que não fizesse parte do currículo apresentado por este ou não tivesse sido referida na entrevista de emprego, a teria em conta no processo de selecção. No entanto, essa informação "teria um efeito ponderador, não eliminatório", esclareceu Patrícia Garcia, que faz parte da rede hi5, afirmando-se surpreendida com o "exibicionismo" que encontra em alguns perfis.


Com trabalho desenvolvido na área do recrutamento, também Carla Morgado admitiu que informações encontradas na Internet podem "influenciar" um processo de selecção. Adianta que essas informações não terão mais peso do que a entrevista ou a experiência profissional do candidato e dificilmente serão motivo de exclusão mas constituem mais um elemento a ter em conta para avaliar se uma pessoa é adequada à função a que se candidata.


Por vezes, as pessoas utilizam as redes sociais sem intuitos profissionais e depois, à medida que a sua vida se altera, começam a trocar uma rede por outra, mudando para aquela que se lhe adequa mais nesse momento. No entanto, a fotografia que deixam sobre si vai lá ficando.


João Cordeiro dos Santos, formado em Direito e a trabalhar no Luxemburgo há cerca de um ano na sequência da participação numa feira virtual promovida pela plataforma Second Life, assinalou que, nas redes sociais da Internet, a privacidade deve ser protegida seja a que título for. Uma pessoa minimamente inteligente e com critérios de bom senso não coloca informação de carácter comprometedor no hi5 ou no Facebook, porque os caça-talentos e as entidades patronais também visitam estas redes.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

70 Anos de Batman


Há 70 anos, a revista "Detective Comics " publicava a primeira banda desenhada de Batman, um dos mais célebres, populares e rentáveis heróis da indústria dos quadradinhos norte-americanos. Na capa, estava impressa a data de Maio de 1939, apesar de alguns estudiosos afirmarem que foi posta à venda a 18 de Abril.


Essa primeira BD, "The Case Of The Chemical Syndicate", gráfica e narrativamente ingénua para os nossos dias, "Bat-Man", era apresentado como "uma personagem misteriosa e aventureira que luta pelo bem e derrota malfeitores" e investigava uma série de roubos e assassinatos. O seu lado negro já estava patente, como demonstra o comentário feito após lançar acidentalmente um bandido para um tanque de ácido: "Um fim perfeito para a sua laia"!


Por detrás do herói, combinação improvável de Zorro com Drácula e os policiais negros que estavam em voga, estavam Bob Kane, desenhador e responsável por muita da mitologia da personagem, e Bill Finger, argumentista (raramente creditado) a quem se devem o tom policial e a sua identidade secreta, desvendada na penúltima vinheta: "Bruce Wayne, um entediado jovem milionário".


Em oposição aos sempre "bons" Superman/Clark Kent (criados um ano antes e a quem vinha fazer concorrência), em Bruce Wayne/Batman, a dualidade é gritante. Bruce Wayne é um playboy milionário, atormentado pela morte dos pais e o desejo de se vingar contra o mal em geral; na sua faceta de Batman, é o instrumento dessa vingança.


Por outro lado, ao contrário do "rival" Superman e de quase todos os outros super-heróis que se seguiram, Batman não tinha super-poderes, assentando a sua acção na inteligência, numa apurada forma física e numa vasta gama de acessórios científicos e tecnológicos, que evoluíram com a passagem dos tempos.


Assim, a proximidade com o leitor de quadradinhos, ávido por escapes ao quotidiano do país saído da recessão e a caminho de uma guerra mundial, fez com que a sua popularidade disparasse de imediato. Por isso, a par do aliado Robin, introduzido um ano depois, sucederam-se vilões marcantes: Joker, Pinguim, Duas Caras, enfim.


A sua estreia no cinema deu-se em 1943, interpretado por Lewis Wilson e Douglas Croft, e na TV em 1966, numa série de culto com Adam West e Burt Ward.


Na BD, para além de Kane, dois nomes ficaram especialmente ligados ao cruzado mascarado: Jerry Robinson, que amenizou o tom soturno das histórias com a criação de Robin, durante as décadas de 40 e 50, e Neal Adams, que recuperou o seu lado mais negro, nos anos 70.


Foi esse mesmo lado mais negro que o (então) genial Frank Miller explorou em 1985 em "O Regresso do Cavaleiro das Trevas", uma BD que fez disparar a popularidade de um herói então pouco mais que moribundo e mostrou (juntamente com "Watchmen") que os comics também podiam ser lidos por adultos cultos e exigentes.


Depois dele, nada ficou como dantes, com muitos autores a explorarem um Batman cujas melhores armas são o medo e o terror, privilegiando os fins, sejam quais forem os meios para lá chegar, confundindo-se muitas vezes a sua metodologia com a daqueles que combate, muitas vezes no limite entre a legalidade e o crime, defender a lei e fazer justiça, a sanidade e a loucura.

Curta de João Salaviza Ganha Prémio em Cannes


A curta-metragem “Arena” de João Salaviza, a única película portuguesa no Festival de Cannes, venceu a Palma de Ouro. "Arena" conta a história de Mauro, um rapaz que está a cumprir uma pena em prisão domiciliária e que enfrenta o dilema de transgredir a lei para acertar contas com um grupo de miúdos marginais. João Salaviza defende que "Arena" é um filme sobre violência urbana e juvenil, sobre bairros problemáticos que são verdadeiras "bombas-relógio".


A Palma de Ouro do 62º Festival de Cannes foi atribuída ao austríaco Michael Haneke para “Das Weisse Band”, no encerramento do certame, enquanto que o francês Jacques Audiard recebeu o Grande Prémio por “Un Prophète”. Com “Das Weisse Band”, Michael Haneke assina um filme a preto e branco que disseca os danos de uma educação ultra-repressiva muito em voga na Europa, no início do século XX. Jacques Audiard, cujo filme foi calorosamente recebido nas projecções do festival, declarou-se “atingido pela síndroma da impostura”.


O Prémio de Interpretação Masculina foi atribuído ao austríaco Christoph Waltz, de 52 anos, que desempenha o papel de um oficial das SS em “Inglorious Basterds”, de Quentin Tarantino, a quem agradeceu por lhe ter devolvido a fé na sua “vocação” de actor. A actriz francesa Charlotte Gainsbourg, de 37 anos, foi distinguida com o Prémio de Interpretação Feminina, pelo seu papel em “Anticristo”, do dinamarquês Lars von Trier.


O prémio do júri do 62º Festival de Cannes foi entregue ex-aequo à britânica Andrea Arnold, por “Fish Tank”, e ao coreano Park Chan-Wook, por “Thirst, ceci est mon sang”, um conto cruel e barroco sobre um padre que partiu para África e se transforma em vampiro.


O Prémio de Realização foi para o filipino Brillante Mendoza, por “Kinatay”, que denuncia os violentos assassínios cometidos por gangues, uma violência bem real segundo o realizador.


Lou Ye venceu o Prémio do Melhor Argumento, por “Nuits d’Ivresse Printanière”, que conta a história de uma paixão homossexual.

“Samson et Delilah”, do australiano Warwick Thornton, obteve a Câmara de Ouro, que distingue uma primeira longa-metragem apresentada nas selecções oficiais ou paralelas.

Morcegos de Biblioteca

De certeza que já ouviram falar de “ratos de biblioteca”. Agora, de “morcegos de biblioteca” tenho algumas dúvidas...

Pois é... Centenas de morcegos vigiam diariamente duas das mais antigas bibliotecas de Portugal, na Universidade de Coimbra e no Palácio de Mafra. É a sua habilidade para capturar insectos que assegura a preservação dos livros.

Os morcegos são o único mamífero capaz de voar e só o fazem de noite, emitindo sons de alta frequência inaudíveis ao Homem e que dificultam a observação e estudo das 26 espécies deste animal que se sabe que existem em Portugal.

Numa noite do ano passado, Jorge Palmeirim, investigador de aves e morcegos na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, apetrechou-se com equipamento para medição sonora e deslocou-se à biblioteca Joanina de Coimbra para tentar perceber que morcegos continuavam a usar os abrigos daquele espaço, onde estão instalados há mais de 200 anos.
Em todo o país, e além de Coimbra, só se conhece um outro abrigo de morcegos em bibliotecas, no Palácio de Mafra, supondo-se que a preferência da espécie por estes espaços possa estar relacionada com o revestimento antigo de madeira.

Jorge Palmeirim explica que os morcegos são também muito conservadores nos abrigos. Têm tendência para repetir por várias gerações os mesmos locais de abrigo e preferem edifícios antigos.

Em Coimbra existem documentos com cerca de 200 anos que comprovam a compra, nesse tempo, de peles semelhantes às que ainda hoje a biblioteca Joanina utiliza para, diariamente, cobrir mesas antigas de forma a protegê-las dos excrementos dos morcegos.

Por seu lado, o director da biblioteca da Universidade de Coimbra, Carlos Fiolhais diz que os morcegos habitam na biblioteca desde que há memória. As mesas da biblioteca são protegidas com peles todas as noites, porque são também antiguidades, e os morcegos circulam livremente, comendo os insectos.

Em Mafra também são os morcegos, e as boas condições climatéricas proporcionadas pelas paredes altas e a madeira do século XVIII, que explicam o óptimo estado de conservação dos livros, segundo a responsável pela biblioteca, Teresa Amaral.

Um morcego pode devorar 500 insectos por dia e, por isso, ninguém questiona que durante a noite se ausentem das bibliotecas para caçar. Estas entradas e saídas são facilitadas pelas fendas e orifícios comuns nas bibliotecas antigas.

domingo, 24 de maio de 2009

DVD - Caixa Luís Buñuel


Disponível no mercado dos DVD’s, está mais uma caixa de colecção. Desta vez, é dedicada à filmografia de Luís Buñuel.

Temos aqui quatro filmes do seu período no México, para onde foi em 1946 e onde realizou 20 fitas durante quase duas décadas.

Apesar das que constam desta caixa não serem propriamente representativas dessa época, fica o consolo de duas delas serem consideradas obras-primas deste autor: “Los Olvidados” e “Viridiana”.

Comecemos por “Los Olvidados”… O filme data de 1950 e valeu a Buñuel o prémio de Melhor Realizador na edição de 1951 de Festival de Cinema de Cannes. É um retrato cru da delinquência juvenil num subúrbio da Cidade do México.

“Los Olvidados”conta a história de El Jaibo, o rufia sem solução, e Pedro, que é mais novo e que procura a redenção e a salvação do ciclo vicioso da pobreza.

Nesta obra há uma moral cruel, tanto pela dureza e actualidade da sua história, como pela resposta dada pelo mundo adulto, que permanece sem competência para arranjar uma solução para o problema social que é a delinquência juvenil.

Este disco de “Los Olvidados” tem como extra (que é na realidade o único desta caixa – infelizmente) um final alternativo, bem mais animador, mas que acabava por estragar completamente esta obra.

“Viridiana” foi Palma de Ouro em Cannes em 1961. Este é o único filme de Luíz Buñuel realizado em Espanha, e seria banido por lá durante 16 anos por acusações de blasfémia. A subversão inteligente de alguns valores da Igreja Católica acabam por nos levar às boas acções de uma jovem freira, que depois do tio a tentar violar (um acto que o leva ao suicídio), herda uma quinta onde vai dar abrigo a alguns mendigos da zona.

Tal como já tinha feito noutros filmes, é à mesa, na hora das refeições, que Buñuel faz a maior parte das críticas sociais e de ética no seu cinema.

Quanto aos outros dois filmes, “O Monte dos Vendavais”, de 1953 (que é uma adaptação livre do romance de Emily Brontë), e “Suzana”, de 1950, apesar de existir também uma componente de carácter social, o foco principal é a paixão, a vingança e a provocação erótica.

No caso de “Suzana” (por exemplo), este é um filme de uma tensão sexual agonizante, que se torna evidente nas partes do corpo que a personagem usa para tentar os homens… em especial, através das pernas, que são usadas por Buñuel como catalizador do desejo pela mulher. É, exactamente, com estes pormenores que o realizador dá um toque subversivo às histórias e que quebra, também, algumas convenções do cinema da época.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Restelo: Azulejos de Almada no Museu da Cidade


Os azulejos de Almada Negreiros que tinham sido retirados de uma vivenda no Restelo vão ficar a partir de hoje à guarda do Museu da Cidade, até que possam ser reintegrados na moradia. Fonte do gabinete do vereador do Urbanismo Manuel Salgado disse à agência Lusa que os azulejos, que têm vindo a ser guardados através da presença da Polícia Municipal junto à moradia, são hoje levados para o Museu da Cidade.

Depois de negociações entre a Câmara e o proprietário, foi acordado que a casa vai passar a integrar os painéis de Almada Negreiros, cuja retirada esteve inicialmente prevista, chegando mesmo a serem removidos alguns azulejos.
O projecto de alteração que previa a retirada dos painéis foi indeferido na reunião do executivo municipal de quarta-feira.

Um novo projecto, que preserve os painéis vai ser, entretanto elaborado e volta depois a ser submetido à apreciação do município.

A moradia, situada na rua Alcolena, é considerada um exemplar da arquitectura do final do Modernismo.

Ataque Porno ao You Tube


O YouTube apagou centenas de vídeos pornográficos, alegadamente publicados por utilizadores, naquele que já é considerado «um ataque planeado». O Google, proprietário do site de partilha de vídeos, admitiu estar ciente do problema, acrescentando que muitos outros ficheiros ainda esperam para ser removidos.

O material foi enviado sob nomes de adolescentes célebres, como Hannah Montana ou Jonas Brothers (eh...eh...eh), sendo que muitos vídeos começavam com cenas inocentes de crianças, mas, em seguida, mostra adultos a ter relações sexuais.

Acredita-se que um dos utilizadores a fazer os uploads tenha sido Flonty, um alemão de 21 anos. O cibercriminoso declarou que se trata de uma forma de protesto, «porque o YouTube apaga os vídeos de música», alegando a protecção dos direitos de autor. O ataque teria sido planeado pelo site «4Chan», que se descreve como «a casa das coisas mais nojentas, estranhas e horrorosas da Internet».

Morreu João Bénard da Costa


João Bénard da Costa, presidente da Cinemateca, morreu ontem, em casa, vítima de cancro, aos 74 anos.

Bénard da Costa, que foi subdirector da Cinemateca Portuguesa desde 1980 e director de 1991 a 2009, foi substituído na direcção da Cinemateca Portuguesa em Janeiro último por Pedro Mexia devido a problemas de saúde.

Nascido em Lisboa em 1935, João Pedro Bénard da Costa, licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas, foi um dos fundadores da revista "O Tempo e o Modo", dirigiu o Sector de Cinema do Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian e presidia à Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal.

Homem desde sempre ligado ao cinema, João Bénard da Costa dedicou-se ainda à crítica e ao ensaio, tendo participado como actor em vários filmes, grande parte dos quais de Manoel de Oliveira.

Pelo trabalho à frente da Cinemateca, Bénard da Costa foi condecorado em Setembro passado pelo ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro com a medalha de mérito cultural.