Os cientistas fazem “batota” mais frequentemente do que se imagina, revela uma sondagem realizada junto de mais de 2.000 profissionais nos Estados Unidos, a ser publicada hoje na revista Britânica "Nature". Segundo este estudo, cerca de 9% dos 2.212 cientistas inquiridos, pertencentes às 605 instituições americanas dependentes dos Institutos Nacionais de Saúde, "venderam uma batotice” nos três anos precedentes ao inquérito, num total de 201 casos.
Os autores do artigo, que pertencem ao Departamento Norte-Americano para a Integridade Científica sublinham que se se extrapolarem estes resultados a toda a comunidade de investigadores apoiados pelo Departamento da Saúde, perto de 2.325 actos de conduta imprópria são cometidos cada ano nos Estados Unidos pelos cientistas ligados aos Institutos Nacionais da Saúde, dos quais 1.000 não são detectados. Estas prevaricações estão relacionadas com plágio (36 por cento), ou ainda com dados, relatórios, publicações e pedidos de bolsas falsificados (60 por cento).
Segundo os autores do estudo (Sandra Titus, James Wells e Lawrence Rhoades) várias medidas deveriam ser adoptadas para limitar estas “batotices”, nomeadamente uma cultura de tolerância zero, a protecção dos delatores ou uma acção junto dos tutores para que estes formem os seus colaboradores respeitando a honestidade.
Fonte: Lusa
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