quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Retrospectiva de Andrei Tarkovsky em Lisboa e Porto


Nostalgia”, “O Espelho” e “Solaris” são alguns dos filmes que integram a retrospectiva da obra do realizador russo Andrei Tarkovsky, que começa hoje no cinema Nimas, em Lisboa, e no Teatro Campo Alegre, no Porto.

A exibidora Medeia Filmes dedica 2016 ao cinema russo, e começa a iniciativa com os filmes de Tarkovsky, um dos “expoentes máximos na segunda metade do século XX”, que filmou a condição humana, a infância, a morte, a memória.
Além dos filmes, em Lisboa o cinema Nimas acolhe uma exposição com “reproduções fac-símile” de desenhos do guarda-roupa e fotografias inéditas da rodagem de filmes de Tarkovsky na década de 70, pertencentes ao arquivo de Nelli Fomina, que trabalhou com o cineasta.
Até Março podem ser vistos “O rolo compressor e o violino” (1960), o filme com o qual concluiu os estudos de cinema, “A infância de Ivan” (1962), primeira longa-metragem, que lhe valeu o Leão de Ouro no festival de Veneza, e “Andrei Rublev” (1966) (que abre hoje o ciclo em várias sessões ao longo do dia), filme sobre um dos maiores nomes da pintura russa e que foi banido pelas autoridades soviéticas.

Mas diga-se que a relação de Tarkovsky com a União Soviética nunca foi pacífica. Tarkovsky viu os seus filmes serem censurados e recusados para exibição, enquanto na Europa recebia prémios, como os de Cannes. Acabou por fazer “Nostalgia” (1983) em Itália e “O sacrifício” (1986) - o seu último filme - na Suécia.
Andrei Tarkovsky morreu no exílio em Paris no final do ano de 1986, aos 54 anos, vítima de cancro.

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